26 outubro 2007

telha

sem manual
nada de instrução
nada de receita
mas suspeita
peita o conceito
abrace a intuição
segue clandestino
escreve o destino
em desatino
sem razão...

25 outubro 2007

porção

dedos falam
gritam, esperneiam
teclam no profundo
tocam o mundo
perdem-se nos fundos
nos abismos
dedos choram
dedos amam
dedos deslizam
em letras interditas
dedos
plural solitário
na vazia noite
dormem
distraidos
dedos
vagueiam no subterrâneo
nos sonhos e escapes...