20 fevereiro 2009

espelho

desperto, levanto em supetão
agitado começo meu ritual
a lâmina fina do espelho
me suga num golpe mortal

resisto pra não ser engolido
bafejo e engano o inimigo
limpo dentes, gengivas e língua
escarro na cara do perigo

nada digo, finjo estar só
lavo a cara, gargarejo
do espelho não tenho dó

sigo o ritual, medito
o dia segue quase normal
a noite retorno ao espelho
ele me traga sem igual

seu hálito quente
me entorpeceu
sem força, desfalecido
caí nos braços de morfeu...

3 comentários:

  1. Ira meu amigo, to em casa, em Porteiras, então nenhum celular pega por aqui. Me manda um e-mail, é melhor, ou um comentário no Orkut.
    Beijos

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  2. Ei... que imagem... valeu pela sua visita. Volte sempre amigo... sempre tou procurando coisas novas e ludicas para ilustrar meu blog!
    Bom carnaval

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  3. Oi Ira, gosto muito de um verso do Nei Lisboa que fala "por trás do fundo do espelho". Não é o m´ximo?
    Espero você na segunda, tá?
    Beijos
    Carpe Diem!!!

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