07 junho 2012

corpo e sangue

o corpo franzino
quase nu
olhar aguado
olhinhos turvos
entre a tênue curva
onde a vida é real
vau de dois riachinhos
e as carnes cansadas
da lida sem registro
subterrâneo véu da amargura
noite escura em pleno dia
ao redor
surdez do mundo
ninguém de si tenha dó
é um favor
sabe da dor
corpo e sangue...

Nenhum comentário:

Postar um comentário