Por Ira Brito
Ao dia que a gente acorda
sem vontade de viver.
Ao dia que chega ao fim
e a gente quer prazer.
Ao dia que é como sombra
o peito é só padecer...
Ao dia que aponta
a esperança cansada.
Ao dia bandoleiro,
sem o rumo da estrada.
Ao dia carrancudo,
que não rir de nada...
Ao dia de todo dia
A hora de todo hora
Tudo é fugaz, e não é.
Há um grito: V'ombora!
A vida quer ser mais
Além do dentro e do fora...