os pingos de chuva lá fora
as águas de março na telha
o lençol limpo e cheiroso
manda o cansaço embora
o relâmpago rasga o céu
num átimo tudo avermelha
de repente um assombro
o trovão e o estrondo
os sem-tetos não ouvem
a música das telhas....
17 março 2012
14 março 2012
da janela
Queria que as ruas fossem coloridas
as pessoas fossem apreciadas mais que as máquinas
e a paz fosse mais do que uma palavra ou slogan
De novo, da janela do quarto, vejo jovens caídos na avenida Portugal
Ouço choro, buzinas.
E vejo sangue...
as pessoas fossem apreciadas mais que as máquinas
e a paz fosse mais do que uma palavra ou slogan
De novo, da janela do quarto, vejo jovens caídos na avenida Portugal
Ouço choro, buzinas.
E vejo sangue...
12 março 2012
templo
há dias que vem o relâmpago
o vento e o travão
tudo junto é tempestade
há dias que dentro da gente
o trovão é no coração
o relâmpago, no âmago
na face e nas mãos, emoção
há dias que a mesa precisa ser virada
os vendilhões expulsos
a palavra calada
depois
só o templo vivo basta...
o vento e o travão
tudo junto é tempestade
há dias que dentro da gente
o trovão é no coração
o relâmpago, no âmago
na face e nas mãos, emoção
há dias que a mesa precisa ser virada
os vendilhões expulsos
a palavra calada
depois
só o templo vivo basta...
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