o amor é pão
ainda que em nacos
farelos, cacos
o amor é líquido
vinho e sangue
nas veias
última ceia...
04 agosto 2012
02 agosto 2012
31 julho 2012
simples
nem ambicionavam riqueza
queriam apenas sombra e água frescas
fogo na panela
um cão amigo de guarda
ou mesmo um alpendre simples
e rede no armador, ah, bastava!
isso traduzia dignidade, amor
a filharada lá fora inventava brinquedo no outão...
queriam apenas sombra e água frescas
fogo na panela
um cão amigo de guarda
ou mesmo um alpendre simples
e rede no armador, ah, bastava!
isso traduzia dignidade, amor
a filharada lá fora inventava brinquedo no outão...
30 julho 2012
dança
metamorfoseava-se em gelo seco
o corpo feito fios de fumaça
misturava-se à música sem letra
girava, girava, girava como pião
a fumaça era o desenho da vida dissolvente
os olhos acesos eram jogos de luzes
relampejavam, relampejavam, relampejavam
a bebida quente descia e subia
o mundo da vida na fumaça sumia...
o corpo feito fios de fumaça
misturava-se à música sem letra
girava, girava, girava como pião
a fumaça era o desenho da vida dissolvente
os olhos acesos eram jogos de luzes
relampejavam, relampejavam, relampejavam
a bebida quente descia e subia
o mundo da vida na fumaça sumia...
29 julho 2012
de coração
disse de coração aberto
que seguiria a receita
respirar, expirar, respirar
mas o ar lhe falta
o pulmão se zanga
feito crise asmática
o ar se esvai
e o sentido derrete, escorre
feito saco plástico no fogo
sem nada dizer
cala, recolhe-se nas mãos
nas mãos do nada
esperando que o ar volte...
que seguiria a receita
respirar, expirar, respirar
mas o ar lhe falta
o pulmão se zanga
feito crise asmática
o ar se esvai
e o sentido derrete, escorre
feito saco plástico no fogo
sem nada dizer
cala, recolhe-se nas mãos
nas mãos do nada
esperando que o ar volte...
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