inquietude vigilante
quando a face almeja o travesseiro
e lá do profundo da alma um poema nascendo
possessão, entidade poética
construo uma aldeia imaginária
uma voz vinda de lugar nenhum ressoa
então me dou conta: é em vão
como invocar tua presença
se estás em toda parte
e preenches todos os espaços de minha existência?
07 agosto 2012
06 agosto 2012
livre
lamentava do abandono
havia tempos sentia-se cão sem dono
um dia resolveu ser ela
sempre ficava olhando da janela
naquele dia abriu a porta e saiu
nem levou malas, partiu
encontrou o pão que mata toda a fome
não sentiu mais sede, nem vergonha do próprio nome...
havia tempos sentia-se cão sem dono
um dia resolveu ser ela
sempre ficava olhando da janela
naquele dia abriu a porta e saiu
nem levou malas, partiu
encontrou o pão que mata toda a fome
não sentiu mais sede, nem vergonha do próprio nome...
05 agosto 2012
mira
o sol se despede
na hora em que a gente colo pede
no peito o domingo pulsa
e a saudade repulsa
o vácuo sem nome
o soco no abdome
então se respira, respira, respira
e do fundo do ser o sentido mira
uma prece se eleva
a noite a luz leva...
na hora em que a gente colo pede
no peito o domingo pulsa
e a saudade repulsa
o vácuo sem nome
o soco no abdome
então se respira, respira, respira
e do fundo do ser o sentido mira
uma prece se eleva
a noite a luz leva...
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