15 outubro 2005

MISCELÂNIA

Por Ira Brito

Lembro daquele dia
Que passei em Cabrobó
Uma mulher banguela
Seu sorriso dava dó
Ela pedia esmolas
Com cabelos em cocó...

Passei ali de ônibus
Com destino ao Ceará
Viajando três dias
Um percurso de cansar
A origem foi São Paulo
E a meta meu lugar...

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Uma chamada telefônica
Me deixa aqui preocupado
Um sobrinho q amo muito
Está doente e internado
Ai meu Deus vela por ele
Que nada seja complicado...

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Dom Luiz Cappio em jejum
Naquela cidade esquecida
Atrai todas atenções
A favor da gente sofrida
Em nome do São Francisco
E da população oprimida...


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Há tanto o que fazer
Não há tempo pra "coçar"
Enquantos uns têm fome
Outros estão a esbanjar
Se uns arrotam arrogância
Outros nem podem falar...

Pois deixa eu ficar assim
No meu cantim a pensar
Em quem anda meio triste
E sem rumo pra andar
Que perdeu a esperança
E não tem a quem amar...

Cada macaco no seu galho
O "sapato" é que me aperta
Uma dorzinha nojenta
Me canta música secreta
A certeza que eu tenho
Não é uma certeza certa...

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