09 setembro 2006

GARI



por Ira Brito


Vassoura vai, vassoura vem.
Pra lá, pra cá.
Enfia a mão no bolso.
Arrasta um telefone celular.
Leva-o ao ouvido.
– Alô!
Não houve comunicação.
Fecha o aparelho.
Guarda-o no bolso do uniforme laranja.
Retorna a varrer, limpa a imundice da rua.
Faz tão bem o trabalho que até prerece está dançando samba...

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