28 maio 2007

dia assim

acordou cedo e saiu ao léu
não era da terra nem do céu
encontrava-se noutra dimensão
o corpo em sensação de paz
de serenidade e quase eternidade
no entanto, alguma coisa pedia mais
esse mais é sempre aquela margem
ou certo buraco escuro
quem sabe algum muro
dentro da gente
qualquer oco em nós
porém, no geral estava bem
o dia claro havia juntado céu e terra
dois em um
por isso não era terra
nem céu...

Um comentário:

  1. Fala Ira! Boa poesia! Sensação interessante! Nem somos do céu nem da terra. Essa mensagem da natureza nos envolve e nos impele a viver na angústia... O limbo é nossa morada? Aqui, no século, as pessoas são implacáveis e dolorosamente cruéis para a tenta refletir desprovido das certezas e verdades que eles impõem aos sonhadores, poetas e profetas.

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