25 novembro 2008

dante

na cabeça o pensamento vagueia veloz
viajando idéias originais e em contrabando
no céu da praça dante pombos em bando
e o tempo de cara cinza, meio atroz

pombos livres, mas dependentes
querem do milho alguns dentes
há passantes, pés, carro e gente

mulheres da dante querem paz
tão expostas e tão invisíveis
de olhos apagados, mas incríveis
espreitam o inferno em que jazem

sugadas, desdentadas, desamadas
no peito, o vazio do amor
nos lábios, restos de batom
na face expressão d'alguma dor

sem nome, nem sobrenome
prazer é quase ausente
cada uma ali
sabe a dor que sente
e as migalhas de alegria
que sugam
na boca da noite
ou na clareira do dia...

4 comentários:

  1. Oi, estive aqui!! Só queria dizer quê. Ou qualquer coisa assim (como caio f).
    Beijo e paz
    Carpe Diem!!!

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  2. uauuu, gosto mto do jeito que vc escreve poesias, é tão firme, consistente como se fosse um chão seguro pra se pisar e sorrir! ehehehe
    adoreii
    bjuuu

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  3. oi, Biba!
    obrigado por vir!
    sabe, quem me falou pela primeira vez de Caio F. foi vc. Entre tantas coisas boas q aprendi cm vc, essa é uma pela qual sou muito grato.
    bjo e paz

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  4. Adri, meu anjo,
    obrigado
    que bom vc por aqui!
    o chão é nosso, vamos pisar,vamos sorrir.
    a vida nos convoca todo dia.
    bjim

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