os maridos partem
e elas ficam rodeadas de filhos
de precisão e saudade
eles não vão para o mar
vão para a selva dos homens
lá são explorados
e feitos pior que bichos
pelo latifúndio
do gato é a primeira unhada
o sangue cai na terra
o que um dia foi homem
perde o nome
morre indigente
deita na terra fria
sem caixão
nem reza
porão
não aqueles
dos navios negreiros
a dor é a mesma
escravidão...
sabe o que sinto quando te leio? que vc é de uma categoria de poetas que fala da vida, da realidade, da dor e da crueza das relações, sem sentimentalismos, sem absolutamente nenhum clichê! adoro-te!
ResponderExcluirIra, querido, como é bom vir aqui. Teu poema em contexto de indústria cultural, trazendo esse homem já sem nome, sem pele, pura parte da engrenagem.
ResponderExcluirBjim
Carpe Diem!!!