Vejo-me de volta à biblioteca. Olho para as prateleiras. Os livros me remetem à imagem das lagartas em metamorfose no outão de casa.
No sertão, quando víamos algum casulo dependurado, dizíamos ser “lagarta encantada”.
Cada livro ali parece “encantado”. A letra parece envolta num casulo. Penso na voz como potência criadora, capaz de tirar a letra do estado de “encasulamento”. Faço uma imagem mental daquela ação vocal do mito da criação: "faça-se", e que por meio dela tudo passou a existir...
Salve... verdade! Por mais que aparenta inerte, o livro contém um mistério vivo, uma palavra criadora... um Fiat Lux!!!
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