engoli o gosto das cinzas
deixei que os farelos queimados
e curtidos pelo fogo
escorregassem garganta abaixo
arranhando, arranhando, arranhando
cinzas de mim, fogo de mim e de você
fecho os olhos
e na escuridão de meu poço
vejo seus olhos brilhando
a isso eu chamo graça
graça divina que só sabe amar
e nunca cansa de perdoar
eu que sou cinza e pó...
Bem adequado ao dia, não fosse hoje quarta-feira de cinzas. Nós somos, sim, cinza e pó e ao pó voltaremos. Abraço.
ResponderExcluirCinzento e gracento e brilhento... por dentro!
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